A planta jiboia é venenosa?

A planta jiboia é venenosa?

A planta jiboia, de nome científico Epipremnum pinnatum[1], é uma planta comumente utilizada como ornamental em razão da beleza de suas folhas, podendo ser cultivada tanto em ambiente interno, em vasos, quanto em ambientes externos servindo como cerca viva. Quando vamos cultivar uma planta é bastante importante sabermos algumas informações básicas sobre a espécie, de forma que possamos cuidar melhor dela e de nós mesmos. Quando falamos de jiboia uma dúvida muito comum e básica que surge é: a planta jiboia é venenosa? Além disso, será que a planta jiboia é tóxica para gatos, cachorros e outros animais de estimação? Se você sem dúvida em relação à toxicidade da jiboia e deseja descobrir se a espécie oferece perigo, continue lendo este artigo do umCOMO.

A planta jiboia é venenosa?

Ainda que alguns duvidem e que outros não saibam, a planta jiboia é venenosa. A toxicidade da espécie se dá pelo fato de que suas folhas contém oxalato de cálcio[2], substância encontrada em diversas outras espécies também tóxicas[2] e que podem nos fazer mal caso tenhamos contato.

Além da jiboia, existem muitas outras plantas que são cultivadas em casa e que também são tóxicas tanto por conter a mesma substância, quanto por conterem outras substâncias também intoxicantes. É válido dizer o plantio dessas espécies é possível, sendo necessário apenas tomar alguns cuidados como evitar o toque e a ingestão. Além disso, também é importante deixar as plantas longe de crianças e animais, afinal planta jiboia é tóxica para gatos. E não só para os felinos, a planta jiboia é venenosa para cachorros. Assim, que muita atenção aos seus bichinhos.

A jiboia é uma espécie bastante resistente, podendo sobreviver em áreas secas e com pouca iluminação. Em razão de sua resistência, essa espécie é ideal para cultivo principalmente se você não tem muito tempo para cuidar de suas plantas e, ainda assim, gosta da ideia de dar um aspecto mais verde e natural para sua casa.

Outro fator que torna a jiboia interessante para o cultivo interno é que essa planta se adapta ao ambiente, limitando seu tamanho quando inserida em local fechado e com pouco espaço. Tendo em vista todas as vantagens e facilidades em se cultivar a jiboia, não tenha receio. Siga as dicas de não tocar e ingerir e de deixá-las fora do alcance de animais e crianças, para garantir que a planta traga toda sua beleza para seus ambientes sem que, para isso, ninguém corra riscos.

Se você é novo no cultivo dessa espécie e precisa de dicas veja também o nosso artigo sobre como cuidar de uma planta jiboia.

Outras plantas venenosas

Agora que já vimos que, além de perigosa para nós, a planta jiboia é venenosa para cachorro, gato e outros animais de estimação, é hora de aprendermos um pouco mais sobre espécies que podem nos oferecer perigo, assim, podemos facilmente evitar acidentes e, consequentemente, cultivá-las sem medo. Veja abaixo algumas das espécies que tóxicas que podemos cultivar em casa:

  • Azaléia: cultivada em razão das cores vibrantes de suas flores, essa espécie também é venenosa graças à presença de andromedotixina em suas folhas e flores, podendo causar distúrbios digestivos e alterações do débito cardíaco[3].
  • Comigo-ninguém-pode: muito utilizada pera decoração de ambientes internos, essa espécie também é venenosa graças à presença de oxalato de sódio e saponinas em suas folhas[2], podendo causar asfixia e, em casos graves, até mesmo a morte[4].
  • Copo-de-leite: bastante cultivada em razão de usas belas flores, essa espécie é venenosa graças à presença de oxalato de sódio em suas folhas e flores[5], podendo causar irritação e inflamação da mucosa bucal.
  • Coroa-de-cristo: bastante cultivada em razão de suas belas flores, essa espécie é venenosa graças à presença de látex irritante ou cáustico e ésteres de forbol[2] em suas folhas e flores, podendo causar irritação na pele e nos olhos[6].
  • Espada de São Jorge: cultivada em razão de sua beleza e de sua ligação com o místico, essa espécie é venenosa graças à presença de cristais de oxalato de cálcio e ácidos orgânicos em suas folhas[2], podendo causar irritação e inflamação da mucosa bucal.

Além dessas, existem diversas outras espécies venenosas muito comuns, como é o caso da samambaia, da mamona e da costela-de-adão.

Como podemos observar na lista acima, são diversas as espécies de plantas que são venenosas, além de também serem muito variadas as substâncias tóxicas. Tendo isso em mente, é válido dizer que, por exemplo, não podemos afirmar com certeza algo como suculentas são venenosas. Afinal, será necessário pesquisar especificamente sobre a espécie que você cultiva ou pretende cultivar para se informar acerca de sua toxicidade. Para aprender um pouco mais e descobrir outras plantas que podem oferecer perigo, veja também quais plantas são tóxicas.

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Referências
  1. PEREIRA, S. de F.; TEMPONI, L. G. Monsteroideae (Araceae) no estado do Paraná, Brasil. Rodriguésia, Vol. 68, Nº 4, p. 1377-1386, Rio de Janeiro, 2017. Disponível em: https://www.scielo.br/pdf/rod/v68n4/2175-7860-rod-68-04-1377.pdf. Acesso em: 18/10/2020.
  2. SENA, S. B.; ROCHA, C. L. D. da; SANTANA, D. A. de O.; AGUIAR, L. R.; SOUZA, A. C. R. de. Plantas tóxicas: análise in loco da existência no bairro Areal em Porto Velho - RO. Saber Científico, Porto Velho, 2016. Disponível em: http://docplayer.com.br/78010290-Plantas-toxicas-analise-in-loco-da-existencia-no-bairro-areal-em-porto-velho-ro.html. Acesso em: 18/10/2020.
  3. MARTINS, D. B.; MARTINUZZI, P. A.; SAMPAIO, A. B.; VIANA, A. N. Plantas tóxicas: uma visão dos proprietários de pequenos animais. Arquivos de Ciências Veterinárias e Zoologia. Vol. 16, N. 1, p. 11-17, Umuarama, 2013. Disponível em: https://core.ac.uk/download/pdf/287231471.pdf. Acesso em: 18/10/2020.
  4. SILVA, I. G. da R.; TAKEMURA, O. S. Aspectos de intoxicações por Dieffenbachia ssp (Comigo-ninguém-pode) - Araceae. Revista de Ciências Médicas e Biológicas. Vol. 5, Nº 2, p. 151-159, Salvador, 2006. Disponível em: https://portalseer.ufba.br/index.php/cmbio/article/download/4123/3010. Acesso em: 18/10/2020.
  5. ROCHA L. D.; PEGORINI, F.; MARANHO, L. T. Organização estrutural e localização das estruturas tóxicas em comigo-ninguém pode (Dieffenbachia picta (L.) Schott) e copo-de-leite (Zantedeschia aethiopica (L.) Spreng). Revista Universitária de Biologia e Saúde, Vol. 2, Nº 1, p. 54-63, Curitiba, 2006. Disponível em: http://www.gege.agrarias.ufpr.br/plantastoxicas/arquivos/zantedeschia%20aethiopica.pdf. Acesso em: 18/10/2020.
  6. LIMA, J. N. L. O.; SCARELI-SANTOS, C&